Cientista política analisa cenário eleitoral para 2022: "A esquerda vai precisar conseguir formar alianças"
"[A esquerda] não tem o apoio necessário para apresentar vários candidatos", explica Carolina Pavese no Opinião que vai ao ar nesta quarta-feira (2)
01/12/2020 21h53
O Opinião desta quarta-feira (2) faz um balanço da escolha dos prefeitos e vice-prefeitos das cidades brasileiras. No programa, a cientista política Carolina Pavese, professora da ESPM, também analisa o cenário para as eleições presidenciais de 2022, e aponta que, para partidos de esquerda, será necessária a formação de alianças.
"Para a esquerda, ainda está muito confuso. A gente vê despontando alguns nomes como o [Guilherme] Boulos, a Manuela d'Ávila, nomes que são relativamente novos no sentido de destaque. A esquerda vai precisar conseguir formar uma aliança, o que é bem difícil. Ela não tem o apoio necessário para apresentar vários candidatos", diz.
A professora ainda comenta possíveis cenários a serem enfrentados pelos setores de direita: "A gente vai ver uma oposição ao Bolsonaro marcada pelo [João] Doria, que provavelmente vai ensaiar o namoro do PSDB com o DEM. Aí entra [Sergio] Moro, Luciano Huck. Pode ser que isso se forme como uma alternativa".
Também participa do programa Josué Medeiros, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele afirma que a articulação e formação de frentes terá caráter de urgência: "No âmbito da esquerda, que você não tem um processo institucional que marca, porque eles não vão ganhar a presidência nem da Câmara, nem do Senado, é preciso que eles estabeleçam logo uma mesa de diálogo. Eu acho que quem tem autoridade para convocar esse processo são as novas lideranças que surgiram nas eleições, como a Manuela d'Ávila em Porto Alegre e o Guilherme Boulos em São Paulo".
Assista ao trecho:
Com apresentação de Andresa Boni, o programa vai ao ar às 22h15, na TV Cultura, no YouTube e no site da emissora.
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