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Nesta quinta-feira (3) comemora-se o dia internacional das pessoas com deficiência. A data foi criada em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil apresenta uma população formada por 46 milhões de PCDs.

Muitas conquistas foram alcançadas ao passar dos anos, mas se faz necessário ressaltar a importância de que essas conquistas sejam respeitadas, tanto pelos cidadãos comuns como pelo poder público.

Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, muitas medidas de isolamento social e voltadas para o cuidado individual foram tomadas para que impedisse a proliferação do vírus em grande escala entre a população brasileira.

Dessa forma, os desafios para os profissionais e para seus pacientes foram muitos, por isso, muitos atendimentos voltados para o público com deficiência foram cancelados em prol da sua saúde e posteriormente adaptados para a telemedicina.

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“Para nós que trabalhamos com reabilitação foi algo muito complicado porque precisamos de manuseio com os pacientes, eles precisam estar presentes para que possamos fazer a terapia. Em um primeiro momento, nós paramos absolutamente tudo, com exceção das cirurgias de urgência, além disso, oferecemos aos pacientes ficassem em terapia no pós operatório, mas eles ficaram com muito medo e poucos vieram”, conta Alice Rosa Ramos, superintendente de práticas assistenciais da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

Fora isso, para apoiar os seus pacientes a distância, publicaram orientações pelas redes sociais, com dicas e informações importantes vindas dos fisioterapeutas, médicos e enfermeiras.

TELEMEDICINA

A telemedicina ocorre através do atendimento médico online. A prática foi uma saída para o acompanhamento de pacientes durante a pandemia de Covid-19.

Segundo Alice, essa foi uma saída muito utilizada por eles para tratar e cuidar de todos a distância. “É óbvio que existe dificuldade, nem sempre as pessoas possuem uma internet satisfatória, mas ajudou muito e eles se sentiram acolhidos”, afirma.

Caso o paciente necessitasse de algum atendimento com alguma intervenção médica, era pedido que fossem até lá de maneira presencial.

DEFICIÊNCIAS

De acordo com a superintendente de práticas assistenciais da AACD, as deficiências normalmente são divididas entre as quatro maiores, a auditiva, visual, intelectual e física.

Entre elas, a visual apresenta um grupo muito grande, junto com a intelectual, sendo que a segunda, é a que apresenta maior dificuldade para que a pessoa encontre um local para receber atendimento. Em relação a física, ela pode apresentar desde uma alteração parcial ou completa do corpo do indivíduo.

Apesar de todo o esforço ao longo dos anos, ainda é possível encontrar uma deficiência ligada a realização dos tratamentos voltada para múltiplas deficiências, isso inclui, inclusive, a capacitação de pessoas para atendê-los adequadamente em todo o território brasileiro.

INCLUSÃO

São consideradas pessoas com deficiência aquelas que têm impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que impeça a participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições. No Brasil, o Decreto nº 5.296/2004 descreve os diferentes tipos de deficiência.

“Em todos esses anos evoluímos muito, mas ainda acho que temos que trabalhar muito em relação a políticas, é importante uma lei de inclusão escolar, por exemplo, nem todas as crianças e pessoas com deficiência necessitam de um local especializado. Elas podem frequentar uma escola regular e ter um desempenho muito favorável, chegar em uma faculdade e se formar”, relata Alice.

Entretanto, ela complementa que existem crianças que precisam de uma abordagem mais especializada, por terem maior dificuldade em cumprir o cronograma escolar.

Ainda afirma que muitas empresas infelizmente só contratam pessoas com deficiência para cumprir cotas, sem pensar no que o contratado pode realizar e agregar.

“Você trabalha com a diversidade, com a diferença, nós somos diferentes, na cor de pele, na religião, nas necessidades. Quando você convive em conjunto, faz com que as pessoas comecem a ver e respeitar as necessidades de cada um, na escola, no trabalho e na sociedade”, finaliza.

Veja reportagem do Jornal da Tarde: