O laboratório de diagnóstico Dasa informou nesta quinta-feira (31) que detectou dois casos da variante do coronavírus em São Paulo. A cepa chamada B.1.1.7 do SARS-CoV-2 já foi encontrada na Inglaterra e em diversos países da Europa e do Mundo. A empresa já comunicou a descoberta ao Instituto Adolfo Lutz e à Vigilância Sanitária.
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Em comunicado à Cultura, a Dasa informou que o estudo foi iniciado em meados de dezembro, quando o Reino Unido publicou as primeiras informações científicas sobre a variante. Foram analisadas 400 amostras de RT-PCR de saliva, e dentre elas, duas amostras apresentaram a linhagem B.1.1.7.
A confirmação da cepa em dois pacientes foi feita por meio de sequenciamento genético realizado em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMT-FMUSP).
O laboratório também informou que faz parte de outra pesquisa em andamento em parceria com o IMT-FMUSP. O estudo tem como base o isolamento e cultivo dessa linhagem do vírus em meio de cultura, para gerar material que permita testar a eficiência dos testes de diagnósticos que só se baseiam em proteína S com esta variante.
“Alguns testes de imunologia e de sorologia que só identificam a proteína S podem apresentar resultados falso negativos nos diagnósticos dessa nova variante. Estamos antecipando a avaliação para definir os exames que sofram menos interferência em seu desempenho de diagnóstico, numa eventual expansão desta variante no Brasil”, explica o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.
A empresa ainda informou em comunicado que “a mutação não é mais letal do que outras cepas dominantes, mas pode ser mais transmissível. No Reino Unido, ela já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.”
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