Fundação Padre Anchieta

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O Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, que existe há trinta anos, agora conta com um novo indicador para determinar o nível de desenvolvimento de um país. O "IDH-Verde" leva em conta as emissões de dióxido de carbono per capita e a pegada ecológica dos processos produtivos.

A Noruega é o país mais desenvolvido do mundo, desde 2014, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, responsável por medir as condições de vida da população, o acesso à saúde e à educação. Em 2020, o desempenho do IDH foi confirmado. O país atingiu a pontuação de 0.957, em um índice que vai de 0 a 1. 

Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvida é a nação. Porém, quando é levado em conta o IDH Verde, que leva em conta o impacto da Noruega sobre o planeta com emissões de dióxido de carbono, a nação nórdica cai 15 posições na lista.

Outros países desenvolvidos também descem no ranking, como Luxemburgo, Islândia, Austrália, e os Estados Unidos.

O resultado está no relatório de 2020 do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), chamado de "A próxima fronteira: o desenvolvimento humano e o antropoceno". O levantamento indica que a qualidade de vida dos moradores dos países ricos ocorre às custas do meio ambiente.

De acordo com a professora do instituto de energia e ambiente da USP, Virgínia Parente, “muitos dos países ricos tem um modo de vida muito elevado. É um consumo de combustível muito alto. Todas as vezes que a gente pega um avião, ele tem que fazer uma força muito grande. É uma queima de quantidade de combustível estúpida."

Com a nova classificação, que leva em conta as emissões de dióxido de carbono, o Brasil subiu 10 posições no ranking.

Para o professor-sênior do instituto de estudos avançados da USP José Eli da Veiga, a diferença entre os dois rankings é determinante para entender a situação das nações. “Comparando os dois você vê que tem uma diferença, no geral, o IDHP é menor do que o IDH, o quanto ele é menor mostra como é que você pode classificar os países.

Criado em 1990, o IDH global representou uma revolução para medir o progresso de um país independentemente dos indicadores econômicos, como o PIB (Produto Interno Bruto). Desde então, o índice passou a mensurar a desigualdade das sociedades e as diferenças de gênero. 

Segundo Parente, diminuir a emissão de poluentes não é uma tarefa complicada, mas é preciso atentar para os meios de transporte que contribuem com a poluição. “Uma troca de combustível, de gasolina por etanol, já é uma grande coisa, uma exigência de eficiência energética também ajuda muito. Se você circula na cidade a maior parte do tempo, não precisa ter um carro que pesa dez vezes o seu peso ou mais pra ele se transportar sozinho”, explica.

Veja a matéria sobre o tema que foi ao ar esta quinta (7) no Jornal da Cultura.