O uso de máscaras é uma das principais medidas de prevenção à Covid-19. O acessório deve nos acompanhar por bastante tempo. Contudo, o que será feito, depois da pandemia, com as bilhões de máscaras usadas vem preocupando especialistas.
"As pessoas ainda não estão procurando muitas informações sobre como fazer esse descarte de forma adequada, justamente porque ainda estão utilizando esses materiais. Isso é uma coisa que a gente tem que ficar de olho nos próximos meses, para conseguir minimizar o impacto gerado por esse tipo de resíduo o máximo o possível", alerta Laura Kuroki, do Instituto Akatu.
A indústria têxtil é uma das que mais polui no mundo. Segundo a educadora e estilista Alessandra Ponce, o Brasil descarta, anualmente, 170 mil toneladas de resíduo têxtil. Desta quantidade, apenas 20% é reciclada.
Uma máscara cirúrgica que contém plástico, por exemplo, pode demorar até 400 anos para se decompor na natureza. As de tecido sintético não ficam muito atrás. São necessários entre 100 e 300 anos para a decomposição. Já as de algodão precisam de apenas um ano. Mesmo assim, o descarte delas não pode ser feito de qualquer forma.
Uma das recomendações da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental é colocar o item em um saquinho e descarta-lo no lixo comum.
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Se for levado em consideração que cada um dos 210 milhões de brasileiros têm 5 máscaras em casa, pelo menos 1 bilhão delas estarão por aí quando a pandemia passar. Reciclar esse material pode ser uma boa oportunidade de negócio no futuro.
Na Coréia do Sul, um designer transforma máscaras em móveis de plástico. A maneira criativa diminui o impacto para o meio ambiente.
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