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Depressão pode estar associada a alterações na tireoide, afirma endocrinologista

Segundo especialista, 10% da população e cerca de 16% das mulheres acima de 60 anos podem ter modificações de função tireoidiana


24/02/2021 17h01

Em entrevista ao Jornal da Tarde da última terça-feira (23), a endocrinologista Laura Sterian Ward comentou que, por algumas vezes, a depressão pode estar associada a problemas relacionados com a tireoide.

Segundo ela, alguns dos sintomas do hipotireoidismo são parecidos com os da depressão e não é raro que indivíduos deprimidos apresentem alterações em funções da glândula.

“É extremamente importante lembrar da tireoide quando um paciente diz que está triste ou que não tem ânimo para nada, não liga mais para os filhos ou netos ou deixa de fazer as atividades que rotineiramente fazia. Claro que isso pode estar relacionado aos duros tempos que vivemos, a solidão do isolamento social, distanciamento dos parentes e colegas, mas também pode estar associado a diminuição da função tireoidiana”, comenta.

O que faz a Tiroide?

Para a doutora, “basicamente a tiroide produz dois hormônios, o T4 e o T3. Esses hormônios vão monitorar e regular a função, a energia, o crescimento e o desenvolvimento do sistema cardiovascular, das nossas funções cognitivas, do aparelho digestivo e de todo o nosso organismo. ”

Hipertireoidismo e Hipotireoidismo

Quando se fala em alterações nas funções da tiroide, dois nomes vêm à cabeça, o hipertireoidismo e hipotireoidismo. O hipertireoidismo significa o excesso de hormônios da glândula. Laura explica que nessa situação a pessoa pode ficar muito agitada e acelerada em todos os afazeres. “Principalmente em jovens, isso é bem evidente”, expõe.

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Já o hipotireoidismo é a diminuição desses hormônios. “O que a gente sente pela falta de hormônios tireoidianos são sintomas pouco específicos que também são observados em uma série de outras situações e condições patológicas. Pode acontecer falta de rendimento nas atividades, batimento cardíaco mais lento, funções gastrointestinais menos frequentes e pele mais seca. Tudo no organismo fica mais devagar”, diz.

A endocrinologista alerta que quase 10% da população e cerca de 16% das mulheres acima de 60 anos podem ter alteração de função tireoidiana.

“Assim que haja suspeita de que possa haver um distúrbio de tireoide é hora de procurar um médico. São alterações frequentes e a gente deve ter sempre em mente como diagnóstico diferencial ou diagnóstico associado a outras patologias”, destaca.

Assista a entrevista completa que foi ao ar na última terça (23) no Jornal da Tarde.

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