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Divulgação/Governo de São Paulo
Divulgação/Governo de São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria, criticou o presidente da República nesta sexta (26) após as declarações de Bolsonaro sobre o uso de máscaras. Ontem (25), em sua transmissão ao vivo semanal, o presidente citou um suposto "estudo alemão" para colocar em dúvida a segurança e eficácia do equipamento contra a Covid-19. 

"É uma tristeza termos que responder uma pergunta como essa, originária de uma manifestação vinda do presidente da República do Brasil", afirmou Doria. "É de uma tristeza, uma atrocidade o presidente da República contestar o uso de máscaras para proteger vidas. [...] É de um absurdo atroz, o retrato do negacionismo expresso na palavra de quem, como líder, deveria defender vidas, e não atentar contra as vidas", continuou o governador.   

As declarações foram dadas em coletiva de imprensa do governo paulista realizada nesta tarde. João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 do estado, também se manifestou: "Eu não estou acreditando que isso tenha sido dito. [...] Pensando bem, desde o início, todas as medidas que são recomendadas pelo Ministério da Saúde, de uma maneira geral elas passam por um processo de desmoralização."

Além do uso de máscaras, Gabbardo citou posicionamentos de Bolsonaro a respeito de outras recomendações para controle da pandemia, como evitar aglomerações e imunizar a população: "Quando se fala em vacina, se pensa que a vacina pode transformar as pessoas em répteis", afirmou, em referência à fala do presidente sobre o imunizante da Pfizer. 

Em dezembro de 2020, o chefe do Executivo disse, em tom jocoso, que a empresa não se responsabilizava por efeitos colaterais do imunizante: "Se você virar um jacaré, o problema é seu".

De acordo com reportagem da Deutsche Welle, jornal alemão parceiro da TV Cultura, nenhuma universidade do país concluiu que máscaras são prejudiciais para crianças, como afirmou Bolsonaro. O presidente se referia aos resultados de uma enquete feita pela internet por pesquisadores da Universidade de Witten/Herdecke. A pesquisa não é considerada rigorosa cientificamente: trata-se de um questionário online para avaliar os efeitos do uso de máscaras em crianças que não contou com a análise de pares, grupo controle ou coleta de informações de maneira proporcional à população alemã.

Assista ao trecho da coletiva de imprensa: