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Setor imobiliário prevê alta de 38% em 2021, com destaque para médio e alto padrão

Os incorporadores de imóveis estão otimistas para 2021: a expectativa do mercado é que o número de unidades lançadas aumente 38% em comparação com o ano passado.


02/03/2021 18h20

Os incorporadores de imóveis estão otimistas para 2021: a expectativa do mercado é que o número de unidades lançadas aumente 38% em comparação com o ano passado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (2) pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).

O setor também espera aumento de 47% no volume de dinheiro movimentado pelos lançamentos.

2020 não foi tão ruim: Apesar da pandemia, as vendas totais de imóveis cresceram 26,1% no ano passado — subindo de 95.091 para 119.911, enquanto o total de lançamentos aumentou 1,1% (de 111.947 para 113.191). “O segmento imobiliário felizmente surfou uma boa onda no período em comparação a outros segmentos da economia”, afirmou França. A distribuição das vendas, por outro lado, não foi equilibrada. O segmento Casa Verde e Amarela cresceu, enquanto o de médio e alto padrão registrou queda nas vendas.

Que segmento será destaque em 2021? Os lançamentos de alto e médio padrão devem ter desempenho mais forte, com expectativa de crescimento de 78% no número de unidades lançadas. Já os imóveis que fazem parte do programa Casa Verde e Amarela devem vender 29% mais em 2021.

Casa Verde e Amarela

O presidente da Abrainc, Luiz França, diz que o Brasil tem um grande déficit habitacional e, por isso, o segmento Casa Verde e Amarela se mostrou resiliente à crise no ano passado. Houve crescimento de 39,2% nas vendas – em 2019, foram vendidas 68.441 unidades, número que saltou para 95.304 em 2020.

Médio e alto padrão

Este segmento sentiu os impactos da crise e fechou o ano com queda de 7,7% nas vendas. O resultado foi influenciado principalmente pelo desempenho dos meses de março a maio, quando as vendas caíram 43,3%. Em 2019, foram vendidas 26.650 unidades de médio e alto padrão e 22.184 em 2020.

“O mercado de média renda sentiu uma incerteza muito grande com a pandemia”, explica França. Apesar disso, o setor conseguiu crescer 2,7% de junho a dezembro, percentual que não foi suficiente para reverter as perdas dos meses anteriores.

Materiais de construção mais caros

“As incorporadoras estão fazendo uma forte adequação para tentar driblar esses aumentos, mas eles não podem continuar. Se continuar assim, vai ser necessário aumentar o preço de imóveis, principalmente os de médio padrão”, afirma França.

O presidente contou que a Abrainc está fazendo reuniões com o governo federal para conseguir zerar as tarifas sobre importação de materiais de construção. Até o momento, foram solicitados estudos técnicos para avaliar a situação.

O INCC, indicador da FGV (Fundação Getulio Vargas) que mede a inflação na área da construção civil, acumulou alta de 10,18% nos últimos 12 meses em fevereiro.

Tendências para o mercado pós-pandemia

Quanto mais tempo em casa por causa do isolamento social, mais as pessoas sentiram a necessidade de adaptar seus lares.

A Abrainc diz que algumas tendências pós-pandemia são busca por imóveis maiores, aposta em sustentabilidade dentro de casa – como o uso de energia solar e sistema de água renovável -, reforço no paisagismo, imóveis mais conectados, portarias integradas a necessidade dos condôminos, com mais espaço para recebimento de encomendas, por exemplo, e maior segurança.

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