Durante sessão no Senado nesta quarta-feira (24), Filipe Martins, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, fez um gesto obsceno enquanto Rodrigo Pacheco (DEM/MG), presidente da Casa, discursava. O gesto que une o indicador e o polegar de forma arredondada, e que pode ser lido como "ok", mas também como "vai tomar no c.". Nos Estados Unidos, essa expressão é associada a grupos extremistas.
A manifestação de Martins aconteceu durante sessão que questionava Ernesto Araújo sobre a atuação do Ministério de Relação Exteriores em relação a aquisição de vacinas contra a Covid-19.
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Pacheco instaurou um procedimento de investigação para a apurar o fato, após a denúncia feita pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede/PE). A partir de agora, a Polícia do Senado chamar Martins para prestar depoimento sobre o assunto.
Gesto ligado a grupos extremistas nos Estados Unidos
Segundo a Liga Antidifamação dos Estados Unidos, organização que monitora crimes de ódio no país, o gesto foi classificado com uma “verdadeira expressão da supremacia branca”.
O gesto que, inicialmente, era usada como “OK”, passou a ser usada como “WP”, uma sigla para White Power. Os três dedos esticados formam o W, enquanto o indicador colado no polegar ser o P.
Resposta de Filipe Martins
Em suas redes sociais, Martins se manifestou sobre os acontecimentos de hoje. Primeiro, chamou de “palhaços” quem deseja emplacar a tese que ele seja “supremacista branco”, e afirmou que só estava ajeitando a lapela do terno.
Logo em seguida, afirmou que a oposição de decadente e que tentam tumultuar em cima de um “assessor ajeitando o próprio terno”. Além disso, usou imagens de Lula e Felipe Neto fazendo o mesmo gesto.
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