Em carta conjunta divulgada nesta segunda (29), 16 governadores manifestaram repúdio a agressões, notícias falsas e tentativas de criar "instabilidade institucional" nos Estados do País. Entre os signatários estão Rui Costa (PT), da Bahia, e João Doria (PSDB), de São Paulo.

Costa, que foi alvo de ataques após conflito envolvendo um PM em Salvador na noite de ontem (28), publicou a carta na íntegra em suas redes sociais. "Queremos verdade e paz. Nós, governadores, manifestamos hoje, por meio de carta pública, nossa indignação com a crescente onda de agressões e fake news que tanto desestabilizam nosso país. Os agentes públicos precisam seguir com o seu trabalho, salvando vidas e empregos", escreveu. 

Nesta segunda, Doria anunciou que se mudará temporariamente para a sede do governo paulista, o Palácio dos Bandeirantes, após ameaças e manifestações na porta de sua casa. 

A carta cita o período crítico pelo qual o país passa em relação à pandemia e critica "agentes políticos", sem citar nomes: "Enquanto isso, alguns agentes políticos espalham mentiras sobre dinheiro jamais repassado aos estados, fomentam tentativas de cassação de mandatos, tentam manipular policiais contra a ordem democrática, entre outros atos absurdos", diz o texto.

Os gestores também pedem o apoio das lideranças da presidência da República, do Senado Federal, Câmara dos Deputados e Supremo Tribunal Federal para coibir atos ilegais.

Além de Costa e Doria, assinaram o texto governadores Flávio Dino, do Maranhão, Helder Barbalho, do Pará, Paulo Câmara, de Pernambuco, Ronaldo Caiado, de Goiás, Mauro Mendes, do Mato Grosso, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, Camilo Santana, do Ceará, João Azevêdo, da Paraíba, Renato Casagrande, do Espírito Santo, Wellington Dias, do Piauí, Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, Belivaldo Chagas, de Sergipe, Reinaldo Azambuja, Mato Grosso do Sul, e Waldez Góes, do Amapá.