Durante a pandemia em 2020, a fome bateu na porta de 19 milhões de brasileiros. Essas pessoas fazem parte de um grupo de 116,8 milhões que vivem com algum tipo de insegurança alimentar no país. Isso corresponde a 55,2 dos domicílios no país. As informações são da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), que fez um Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia.
Para obter essas informações, a Rede visitou casas nas cinco regiões do Brasil entre os dias 5 e 24 de dezembro, O principal questionamento era sobre alimentação entre os meses de setembro e novembro, período que o Auxílio Emergencial foi reduzido de R$ 600 para R$ 300.
Mesmo o auxílio sendo uma ferramenta para ajudar as pessoas a ficarem em casa durante a pandemia, ela não foi o suficiente. Entre as pessoas que receberam a ajuda do governo, 28% viveram insegurança alimentar grave, significa que passaram fome. Outros 37,6% viveram insegurança leve. Entre as pessoas não precisaram receber o auxílio, apenas 10,2% passaram por insegurança grave ou moderada.
Outro dado que chamou atenção foi em relação a fome em famílias de mães solteiras. Quando se trata de uma mãe solo, apenas 35,9% das famílias têm a alimentação garantida. No caso dos homens são mais que a metade, 52,5%.
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Em uma análise geral das regiões, o estudo apontou que 18,1% das famílias passavam fome no Norte. No Nordeste, a taxa é de 13,8%. A macrorregião Sul e Sudeste, agrupadas na pesquisa, a fome atingiu 6%. No Centro-Oeste, foram 6,9%.
Nova rodada do Auxílio Emergencial
Desde a última sexta-feira (2), os trabalhadores podem consultar se irão receber o auxílio emergencial 2021. A consulta deve ser feita através do site da Dataprev, empresa responsável por processar os pedidos.
Aqueles que desejam receber o auxílio emergencial devem informar o nome completo, CPF, data de nascimento e o nome completo da mãe. A consulta também pode ser feita através do site da Caixa ou pelo telefone 111.
A quantia será paga a partir da próxima terça-feira (6), como medida para ajudar os mais vulneráveis durante a pandemia. O valor médio é de R$ 250, mas os valores podem variar entre R$150 e R$375, dependendo da família beneficiada.
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