Yoshihide Suga, primeiro-ministro do Japão, anunciou nesta terça-feira (13) que o país decidiu liberar a água radioativa da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico. A operação deve durar dois anos. O material está armazenado em tanques desde 2011, quando um grande terremoto seguido por um tsunami danificou os reatores da usina. A capacidade de armazenamento dos tanques chega ao limite no final do próximo ano.
De acordo com a operadora da usina e com funcionários do governo, os elementos radioativos em pequenas quantidades não oferecem risco. Entretanto, autoriedades científicas discordam e afirmam que o impacto da radiação no longo prazo sobre a vida marinha é desconhecido.
Países vizinhos
A China classificou a decisão como "extremamente irresponsável" e criticou o Japão por não ter consultado os países vizinhos e a comunidade internacional. Para a Coréia do Sul, o plano é inaceitável. O país pediu para que o Japão disponibilize informações transparentes sobre como a água será tratada e deve levar a reclamação à Agência Internacional de Energia Atômica.
Rafael Mariano Grossi, diretor geral da Agência, disse por vídeo mensagem que irá trabalhar em estrita colaboração com o Japão antes, durante e depois do despejo da água e ainda prometeu enviar missões para revisar a segurança do procedimento.
Veja a reportagem do Jornal da Tarde:
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