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Cláudia Santana Damata / Afoxé Pilão de Prata da Cidade de Goiás
Cláudia Santana Damata / Afoxé Pilão de Prata da Cidade de Goiás

Durante um ato realizado no último sábado (1) na cidade de Goiás, que fica no estado com o mesmo nome, duas pessoas chamaram atenção por estarem vestidos iguais a supremacistas brancos da Ku Klux Klan e seguravam uma faixa escrita “Deus, perdoe os torturadores”. Além desse cartaz, eles também seguravam um cartaz dizendo “Nosso Brasil pertence ao senhor Jesus" e ainda "Direita com Bolsonaro".

A manifestação gerou revolta nas redes sociais e algumas organizações se manifestaram sobre ela. A Associação Cultural Pilão de Prata da cidade de Goiás repudiou o ato dizendo: “agiu violentamente de forma racista e criminosa criando aspectos de violência simbólica latente inspirados na seita Ku Klux Klan, assassina de povo negro".

Outro fato que chamou atenção da Associação foi a escolha do local para fazer o ato, em frente a Igreja de Nossa Senhora do Rosários dos Pretos. Eles alegam que o “símbolo religioso da cidade de Goiás” foi manchado e que o episódio seria "digno de medidas jurídicas de responsabilização pelos diversos crimes cometidos", como apologia à tortura e racismo.

A Associação Afro-Brasileira afirmou que as roupas usadas nesse ato fazem referência a Procissão do Fogaréu, tradicional procissão católica realizada anualmente na cidade durante madrugada da quinta-feira santa. Mas, a grande diferença, é que na celebração religiosa, a roupa é colorida, e não branca.

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A entidade que organiza a Procissão do Fogaréu, a Organização Vilaboense de Artes e Tradições, também se manifestou e afirmou que não teve participação no ato e não sabe quem são os responsáveis.

“Em detrimento da repercussão negativa que isso ensejou, tomaremos todas as medidas cabíveis junto as autoridades competentes: MP, Polícia Civil, MPF, Polícia Federal e OAB, e a estas nos colocamos à disposição naquilo que for necessário para averiguar a autoria deste fato”, disse a Organização.