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O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta depõe nesta terça-feira (4) na CPI da Covid. 
Mandetta esteve à frente da pasta entre janeiro de 2019 e abril de 2020. Ele deixou o cargo após divergências com o presidente Jair Bolsonaro em relação às medidas de contenção da pandemia do novo coronavírus. 

Mandetta também se colocou contra a medida de adotar a cloroquina para tratar pacientes infectados pelo vírus, enquanto Bolsonaro defendia o medicamento, que é comprovadamente ineficaz no tratamento da doença.

No início da sessão, Mandetta afirmou que o combate à pandemia do novo coronavírus em sua gestão era estruturado em três pilares: "defesa intransigente da vida", SUS "como meio para atingir" e a ciência como "elemento de decisão".

O ex-ministro também exaltou que as medidas foram tomadas com base na ciência e que defendeu a testagem em massa no início da pandemia. "Nós não tomamos nenhuma medida que não tenha sido pela ciência e a ciência é essa, é isso que recomendava", falou. 

Mandetta ainda citou que havia divergências entre ele e Bolsonaro, mas disse que não houve "discussão áspera" com o presidente. "Era constrangedor para o ministro da Saúde ficar explicando que estava indo por um caminho e o presidente por outro."

Sobre a cloroquina, Mandetta disse que "a única coisa [em relação ao medicamento] que o Ministério da Saúde fez, após consulta ao Conselho Federal de Medicina e aos conselheiros, era para o uso compassivo, que é uma utilização que se faz quando não há outro recurso terapêutico, para os pacientes graves em ambientes hospitalar. Mesmo porque, a cloroquina é uma droga que, para uso indescriminado e sem monitoramento, tem margem de segurança estreita."

“É um medicamento, como todo medicamento, que tem uma série de reações adversas e uma série de cuidados que tem que ser feito. A automedicação com cloroquina podeira ser muito muito perigosa para as pessoas”, concluiu.

O ex-ministro disse que recebeu uma estimativa de que cerca de 180 mil pessoas morreriam no país por conta da doença até o dia 31 de dezembro de 2020. Ele ainda afirmou que levou o número para Bolsonaro, que por sua vez decidiu acreditar em estimativas mais positivas. "180 mil óbitos para quem tinha na época menos de mil era um número muito difícil de fazer uma assertiva dessa. Eu acho que ali ficou dúvida. (...) Eu acho que, naquele momento, o presidente entendeu que aquelas outras previsões poderiam ser mais apropriadas."