Na última segunda-feira (10), uma manifestação de mulheres contra o feminicídio em Paraty, no Rio de Janeiro, acabou de forma triste. Quando 50 pessoas protestavam em frente à delegacia da cidade, um policial disparou dois tiros de fuzil e assustou a todas no local.
Segundo testemunhas no local, as mulheres estavam pedindo o fim da violência contra as mulheres. Algumas delas foram colar cartazes no vidro da delegacia. Foi quando um policial, sem uniforme e sem máscara, saiu com um fuzil e efetuou disparos no chão. Mesmo com os tiros, ninguém ficou ferido.
Antes de se manifestarem em frente a delegacia, o grupo também passou pela Câmara Municipal e pediu a criação do Observatório do Feminicídio em Paraty.
Em nota, a 167ª Delegacia da Polícia Civil, que fica em Paraty, um procedimento foi instaurado para apurar a conduta do policial. Dependendo do resultado das investigações, o policial pode pegar uma suspensão mínima de 41 dias até ser mandado embora da corporação. O delegado titular da unidade deve se reunir com as representantes do movimento para ouvir e conversar sobre a manifestação.
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Ao site da TV Cultura, Paulo Passos, corregedor-geral da Policia Civil do Rio de Janeiro, afirmou que foi aberto um Inquérito por disparo de arma de fogo. Assim que a investigação foi finalizada, será enviado um relatório para o Ministério Público.
O policial foi afastado de forma preventiva e teve arma, distintivo e carteira recolhidos pela Polícia Civil.
Manifestação de políticos
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) usou as redes sociais para repudiar o ato do policial durante a manifestação: As mulheres exigiam a investigação de casos recentes de abusos sexuais em frente à uma delegacia. Não vamos tolerar esse tipo de conduta violenta e autoritária”.
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