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Bancos digitais dão salto na pandemia e já são os preferidos entre clientes jovens

Poucos anos atrás, quando se dizia que os bancos do futuro seriam digitais, a ideia de um cenário sem agências físicas causava certa estranheza.


17/05/2021 16h24

Poucos anos atrás, quando se dizia que os bancos do futuro seriam digitais, a ideia de um cenário sem agências físicas causava certa estranheza. Mas esse futuro chegou antes do que se supunha. Um levantamento feito pelo Ipec e pelo C6 Bank em abril constatou que a abertura dos brasileiros para a experiência digital se acelerou no último ano. E que, entre os mais jovens, as instituições digitais já superam as tradicionais em volume de transações realizadas.

De acordo com a sondagem, 57% dos brasileiros com acesso à internet já têm conta em bancos digitais. Dentro desse grupo, 47% mantêm suas contas em bancos tradicionais e digitais ao mesmo tempo e 10% abandonaram de vez as instituições convencionais.

O instituto de pesquisa perguntou também em que tipo de instituição os brasileiros mais realizam transações como depósitos, saques e pagamentos. A maioria ainda usa os bancos tradicionais (65%), em comparação com os bancos digitais (31%). Mas quando se faz um recorte por idade, é possível ver uma tendência se desenhar: entre os brasileiros que têm entre 16 e 24 anos, os bancos digitais já superam os tradicionais (51% contra 41%).

Por que os bancos digitais são atrativos? Principalmente porque não cobram tarifas. Não ter uma estrutura física de atendimento presencial permite enxugar custos.

Isso não significa, necessariamente, um atendimento inferior. Enquanto 41% dos consumidores com conta em bancos digitais dizem estar totalmente satisfeitos, entre os entrevistados com conta em instituições convencionais esse percentual é de 25%.

Os bancos digitais chegaram ao mercado oferecendo produtos bancários isentos de taxas, em aplicativos simples e acessíveis. Uma análise da Proteste comparando 70 contas correntes no país mostra que a economia para quem adere a opções com menos taxas chega a R$ 994 por ano.

A pandemia de covid-19 teve alguma coisa a ver com esse aumento da digitalização? Sim. Segundo o levantamento, 36% dos entrevistados abriram conta em um banco digital depois do início da crise sanitária. E, entre as pessoas que já tinham contas digitais, 78% passaram a usá-las mais durante a pandemia. Entre os entrevistados, 17% estão há mais de um ano sem visitar uma agência física e outros 11%, há mais de sete meses.

A necessidade de isolamento social e de cortar gastos no orçamento familiar acabou acelerando a migração dos brasileiros para o ambiente digital. Outro impulso veio do auxílio emergencial, que podia ser transferido para os bancos digitais antes do prazo previsto.

“Quando analisamos o histórico de um consumidor digitalizado, vemos que a trajetória natural para o ambiente digital começa pelas redes sociais, passando por e-commerce, para então chegar ao mundo financeiro. Com a pandemia, o digital tornou-se vital e as pessoas tiveram que fazer essa migração de forma mais rápida”, explica Maxnaun Gutierrez, head de pessoa física e produtos do C6 Bank.

Quem respondeu à pesquisa? As entrevistas da pesquisa C6 Bank/Ipec foram feitas pela internet entre os dias 22 e 28 de abril deste ano, com 2 mil brasileiros das classes A, B e C com acesso à internet. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

6 Minutos faz parte da holding que controla o C6 Bank.

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