Cerca de oito mil imigrantes, incluindo famílias inteiras e crianças desacompanhadas, cruzaram o Marrocos e nadaram até o território espanhol de Ceuta, no norte da África, em busca de melhores condições de vida.

Exaustos depois de nadar pelo mediterrâneo, correr e escalar uma cerca dupla na fronteira, muitos passaram a noite em um depósito superlotado sob o olhar da polícia espanhola.

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Os enclaves espanhóis de Ceuta nas proximidades de Melilla, na costa norte do Marrocos, há algum tempo atraem os migrantes africanos que tentam chegar à Europa em busca de uma vida melhor. No entanto, o número deles incluiu cerca de 1.500 menores, entre eles alguns bebês.

De acordo com a guarda civil, crianças que chegaram até a praia foram auxiliadas e entregues às famílias. A Espanha devolveu cerca de quatro mil pessoas para o território do Marrocos, mas havia muitos menores desacompanhados que a lei espanhola determina que devam ser cuidados pelas autoridades.

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Os migrantes chegaram depois que o governo do Marrocos afrouxou os controles de fronteira em meio a uma discussão diplomática sobre a disputada região do Saara Ocidental, criando uma crise humanitária para Ceuta. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, disse que o país está agindo para restaurar a ordem. Ele chamou a situação de uma “crise grave” para a Espanha e a Europa e enviou militares para a fronteira marroquina para reforçar as forças de segurança.

Assista à matéria que foi ao ar esta quarta-feira (19) no Jornal da Tarde.