O diretor do Instituto Butantan Dimas Covas disse à CPI da Covid, nesta quinta-feira (27), que o Instituto fez a primeira oferta de vacinas ao governo em julho. "Ofertamos 60 milhões de doses", afirmou.
Ele ainda apontou que solicitou apoio financeiro ao Ministério da Saúde em agosto para um estudo clínico. "Solicitei recursos, R$ 80 milhões", concluiu. Segundo ele, as iniciativas não tiveram resposta positiva.
"Estávamos em dezembro com 5,5 milhões de doses prontas e 4 milhões em processamento, sem contrato com o Ministério", também apontou.
Covas disse que o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a iniciar a vacinação contra a Covid-19, se não existissem percalços contratuais e de regulamentação. Segundo ele, o Butantan poderia ter entregue 100 milhões de doses da vacina para o governo até maio, mas devido à demora da assinatura do contrato o prazo se estendeu para setembro.
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O Instituto Butantan é o responsável pela produção no Brasil da vacina CoronaVac contra a Covid-19. Covas deve ser questionado pelos senadores sobre as dificuldades que o Instituto enfrenta para produzir as doses da vacina.
Ele também deve ser questionado sobre os motivos do atraso da entrega de insumos provenientes da China. Os insumos são a matéria-prima para a produção do imunizante.
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