Novo relatório da Human Rights Watch, em parceria com a Todos Pela Educação, classifica a resposta do Governo Federal aos desafios da pandemia no ensino de crianças e adolescentes como fracasso.
As entidades afirmam que, para reverter o cenário trágico dos prejuízos da pandemia à educação é necessário que o governo aumente o apoio a estados e municípios. O montante precisaria ser dedicado para a manutenção de ferramentas de ensino remoto e para garantir a segurança do retorno às atividades presenciais.
Ainda é citado que o Ministério da Educação deixou de gastas cerca de R$ 16 bilhões que estavam previstos no orçamento da pasta. O resultado disso foi o menor investimento em 10 ano, de R$ 32,5 bilhões. Houve também redução no programa Educação Conectada, voltado à universalização do acesso ao ensino remoto. Em 2020, o ministério usou menos da metade do orçamento destinado ao programa no ano anterior.
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Antes mesmo da pandemia, 4 milhões de alunos não tinham acesso à internet. Ainda, no último ano, menos de 1/4 dos alunos brasileiros conseguiram dedicar mais de três horas diárias ao estudo.
O documento destaca também o impacto negativo da resposta do Governo Federal à pandemia, sem campanhas de incentivo ao distanciamento social no ambiente escolar e com apenas 8% dos professores do país vacinados.
O relatório diz que o direito internacional garante a todas crianças e adolescentes o direto à educação, mesmo em tempos de emergência. Para as entidades, o Brasil precisa urgentemente colocar crianças e adolescentes no centro da estratégia de recuperação, e garantir a educação para todos durante e após a pandemia.
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Assista reportagem do Jornal da Tarde:
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