Nesta segunda-feira (21), a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) usou as redes sociais para sugerir que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid investigue o governador de São Paulo João Doria (PSDB) por "deixar de salvar vidas com o soro anti-Covid". No entanto, Paschoal se confundiu e o soro não está autorizado para uso, mas sim para testes em humanos.
"A CPI da Covid precisa apurar por qual razão o Governador João Doria deixa de salvar vidas com o soro anti-Covid? O que há por trás da demora? ANVISA já autorizou! CONEP já autorizou! Os ensaios no HC e no Hospital do Rim já estão planejados, contrato assinado!", escreveu a deputada no Twitter.
O soro anti-Covid é uma terapia desenvolvida pelo Instituto Butantan que, de acordo com avaliações iniciais, pode diminuir a gravidade dos casos da doença. No entanto, ainda está em fase de testes. No dia 25 de maio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o início dos testes em humanos, até então, o soro era testado apenas em animais.
Segundo o Butantan, caso os testes em humanos apresentem eficácia "o soro poderá ser usado para tratar pacientes infectados com sintomas, visando bloquear o avanço da doença".
O soro funciona de forma parecida com o usado para tratar picadas de serpentes peçonhentas. Na fase de testes em animais, o vírus inativado por um processo de radiação é inoculado em cavalos, que produzem anticorpos do tipo imunoglobulina G (IgG). O plasma do sangue dos animais, então, é extraído, tratado e envasado, da mesma maneira que é feito na produção dos outros soros do Butantan.
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