O deputado Ricardo Barros (PP/PR), líder do governo na Câmara, divulgou uma nota para rebater as suspeitas sobre a compra da vacina indiana Covaxin, que foram apresentadas na CPI da Covid pelo também deputado Luis Miranda (DEM/DF). Mesmo com as acusações, ele diz que vai permanecer no cargo.
"Fica evidente que não há dados concretos ou mesmo acusações objetivas, inclusive pelas entrevistas dadas no fim de semana pelos próprios irmãos Miranda. […] Assim, reafirmo minha disposição de prestar os esclarecimentos à CPI da Covid e demonstrar que não há qualquer envolvimento meu no contrato de aquisição da Covaxin", disse o deputado.
Em depoimento à CPI da Covid, o deputado federal Luis Miranda (DEM) confessou que o presidente Jair Bolsonaro mencionou o nome do deputado Ricardo Barros (PP), líder do governo na câmara, depois que ouviu o alerta de que haveria irregularidades no processo de importação da Covaxin.
Sobre a fala dos irmão Miranda, Barros disse em nota que “"Do ainda impreciso diálogo com o presidente da República, na transcrição da CPI, o caso em questão seria sobre a empresa Global e a compra de medicamentos não entregues. Trata-se de processo judicial, em que provo a minha conduta em favor do SUS, quando fui ministro da Saúde”.
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Vale lembrar que a Global é sócia da Precisa, responsável por intermediar a compra da Covaxin. A Global é alvo de investigação por venda de medicamentos ao Ministério da Saúde, e não entregues, na época em que Barros era ministro no governo Temer.
Após o depoimento dos irmãos, a pressão sobre o Palácio do Planalto aumenta. Mas, pelo fato de não ter provas concretas, não foi cotada a possibilidade de Barros ser afastado de suas funções.
Veja a nota do deputado sobre a denúncia:
Tenho acompanhado as repercussões e entrevistas a partir da citação de meu nome na CPI da Covid, na última sexta-feira. Fica evidente que não há dados concretos ou mesmo acusações objetivas, inclusive pelas entrevistas dadas no fim de semana pelos próprios irmãos Miranda.
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 27, 2021
Assim, reafirmo minha disposição de prestar os esclarecimentos a CPI da Covid e demonstrar que não há qualquer envolvimento meu no contrato de aquisição da Covaxin.
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 27, 2021
No caso da servidora Regina reafirmo que não é minha a indicação para cargo. Ela é uma servidora concursada desde 95, não podendo haver escolha ou não de sua participação na rotina do MS. Ocupou mais de 5 cargos de em 4 gestões presidenciais. Nomeações: https://t.co/We6ks2OO6m
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 27, 2021
Do impreciso diálogo com o presidente na transcrição da CPI, o caso em questão seria sobre a empresa Global e a compra de medicamentos não entregues. Trata-se de processo judicial, em que provo a minha conduta em favor do SUS, quando fui ministro. Link: https://t.co/LeDUdMtadV
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 27, 2021
Na minha gestão promovi uma economia superior a R$ 5 bilhões ao sistema de saúde que pode ser reinvestido, implementando novos sistemas de compra. São processos que afrontaram grandes interesses, mas promoveram mais serviços à população.
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 27, 2021
Embora a Global seja sócia da Precisa Medicamentos, em análise pela CPI, esse processo em nada se relaciona com a aquisição de vacinas da Covaxin. Não participei de qualquer negociação para a compra desse produto.
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 27, 2021
Sobre a emenda da MP que autorizou a compra de vacinas da Índia, o maior produtor mundial de imunizantes, o tema foi motivo de emendas de 8 parlamentares, entre eles o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, que cita especificamente a autoridade indiana, e o dep Renildo Calheiros.
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 27, 2021
A legislação é complementar ao que já previa o texto de fevereiro de 2020, da lei 13.979, artigo 3º VIII a, que permitia a importação excepcional de produtos registrados por autoridades sanitárias estrangeiras. Link com todas as emendas apresentadas: https://t.co/ChXhbwgzre
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 27, 2021
Sobre a minha defesa pública em favor de mais agilidade por parte da Anvisa e da oferta de imunizantes e produtos para o combate à COVID-19, além da minha obrigação como ex-ministro da saúde, sou presidente da Frente Parlamentar da Indústria Pública de Medicamentos desde 2015.
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 27, 2021
O Legislativo deve fazer sua parte para o acesso às melhores práticas e benefícios e ampliação do atendimento à população. Reitero que sempre busquei a transparência e o diálogo na minha vida pública e me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos à apuração da CPI.
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 27, 2021
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