Vários países voltaram a adotar restrições contra a pandemia de Covid-19 por conta da variante delta. A cepa surgiu na Índia e já foi identificada em mais de 92 países, incluindo o Brasil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou para a alta transmissibilidade da variante, que é a mais contagiosa entre as quatro cepas consideradas mais preocupantes que circulam pelo mundo. Uma mutação desse vírus, a delta plus, chegou a Portugal, Reino Unido, Estados Unidos, e no último domingo (27), apareceu pela primeira vez na Dinamarca.
As vacinas se mostram eficazes na proteção contra a variante, em maior ou menor grau, mas a OMS afirma que o relaxamento do distanciamento social e do uso de máscaras não é recomendado nesse momento em que a vacinação não atingiu a parcela suficiente da população para, de fato, garantir a imunidade.
Nenhum país até agora conseguiu vacinar totalmente mais do que 70% da população, nem mesmo os menores, como Israel, que imunizou 57%. Por causa da variante delta, o país voltou a obrigar o uso de máscaras em lugares fechados. A liberação não chegou a durar 10 dias.
O Reino Unido vacinou 49% da população. A delta já é dominante na região. Depois de anunciar quase vida normal, Londres voltou a segurar a reabertura e mantém a obrigatoriedade do uso de máscaras em lugares fechados.
A Austrália enfrenta uma situação parecida. O país chegou a decretar o fim da pandemia, mas voltou com o lockdown e fechou as fronteiras para algumas nacionalidades. Em Portugal, mais de 70% das contaminações são pela variante delta. O país restringe a entrada de viajantes. A África do Sul registrou 122 mortes e o recorde de mais de 15 mil novos casos no domingo. O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, fez um pronunciamento à nação em que anunciou mais restrições a partir desta segunda-feira (28). No país, a venda de bebidas alcoólicas está proibida, o toque de recolher noturno foi estendido e as viagens estão limitadas.
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