O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes disse, em entrevista à rádio CBN, nesta segunda-feira (12), que a eleição dos deputados Hélio Lopes (PSL-RJ), conhecido como “Hélio Negão”, e Bia Kicis (PSL-DF) é prova da lisura do processo eleitoral no Brasil via urna eletrônica.
“Vocês já ouviram falar do Hélio Negão? Da Bia Kicis? Nenhum de nós tinha ouvido falar deles. Não obstante, eles vieram nesse arrastão provocado pelo presidente Bolsonaro, o que prova de que a urna eletrônica é fiel aos votos que lá foram depositados”, disse o ministro. “O processo eletrônico foi desenvolvido porque havia fraude no sistema manual de votação”, acrescentou.
De acordo com Mendes, Bolsonaro tem utilizado o discurso golpista de fraudes eleitorais para incitar seus apoiadores contra às instituições.
O presidente da República tem feito declarações públicas contra o sistema de urnas eletrônicas, que o elegeu em 2018. No último dia 1º, ele chegou a dizer que o Brasil vai enfrentar "problemas seríssimos" caso eleições não tenham voto impresso.
Diante das ameaças de Bolsonaro, Gilmar afirmou também que “não há nenhuma dúvida” de que as eleições de 2022 irão acontecer.
O ministro ainda acrescentou que, para ajudar a combater a instabilidade do estado, o novo ministro da Corte deve ser um terrível defensor da Constituição e que a questão da religião não é fundamental. O decano Marco Aurélio Mello se aposenta, nesta segunda, depois de 31 anos no STF.
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