Nesta quarta-feira (14), a CPI da Covid ouve novamente Emanuela Medrades, diretora da empresa Precisa Medicamentos, que intermediou o contrato do Ministério da Saúde para aquisição da vacina Covaxin. Ela afirma que, a partir do momento em que percebeu que o imunizante era promissor, decidiu procurar o Ministério da Saúde.
"Foi uma iniciativa inclusive minha. A partir do momento que eu vi que tinha uma vacina com bastante potencial. Tivemos uma reunião dentro da companhia, e eu fui buscar qual era o departamento responsável pela questão de imunização no Brasil. Foi aí que tivemos uma primeira reunião junto ao SVS e ao PNI, em 3 de novembro de 2020", relatou Emanuela.
A CPI investiga todo o processo de negociação da Covaxin, intermediado pela Precisa Medicamentos e suspenso após denúncias de irregularidades. Durante suas respostas, a diretora negou que a empresa tenha recebido ajuda da diplomacia brasileira ao negociar a importação de doses do imunizante.
"Começamos 100% de forma privada, através de buscas da equipe técnica da Precisa, sem nenhum apoio", afirmou Emanuela em resposta ao relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O senador respondeu que tinha informações de que a Precisa Medicamentos transferiu à Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Índia R$ 500 mil em 17 de fevereiro, e outros R$ 500 mil em 23 de fevereiro.
"A assinatura do contrato com o Ministério da Saúde foi em 25 de fevereiro, como se sabe. Representantes dessas entidades viajaram várias vezes à Índia nos mesmos períodos em que a delegação da Precisa viajou. E uma delas, relatada em correspondência do embaixador em Nova Délhi", declarou Calheiros, sem fazer nova pergunta.
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