Emanuela Medrades, diretora da empresa Precisa Medicamentos, disse à CPI da Covid, nesta quarta-feira (14), que não participou de nenhuma reunião com o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello. Ela ainda apontou que ele não interferiu nas tratativas do contrato com a Bharat Biotech, laboratório indiano que produz a vacina Covaxin.
Durante o depoimento, a diretora afirmou ter tido contato com mais de 30 servidores da pasta. Segundo ela, o ex-secretário-executivo Élcio Franco tinha a responsabilidade de fazer as aquisições não só da Covaxin, mas de outros imunizantes.
Em relação a Roberto Dias, ex-diretor do Departamento de Logística, ela informou que o encontrou no fim de maio, para tratar do pedido de autorização excepcional da vacina.
A participação da diretora seria na última terça-feira (13), mas foi remarcada para esta quarta (14) após ela ter se recusado a responder perguntas formuladas pelos senadores, diante ao habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Isso levou a CPI a pedir ao tribunal explicação sobre o alcance da decisão e o depoimento de Emanuela acabou não ocorrendo na data prevista. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), atendeu ao pedido de adiamento feito pela diretora da Precisa, que alegou estar "exausta".
A empresa Precisa Medicamentos virou alvo da CPI após Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, ter relatado indícios de irregularidades no contrato para compra de 20 milhões de doses da Covaxin no valor de R$ 1,6 bilhão.
REDES SOCIAIS