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Com pandemia, financiamento imobiliário bate recorde e atinge maior valor em 27 anos

Os financiamentos imobiliários que usam recursos da cadernetas do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) baterem recorde e chegaram a R$ 97,05 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).


22/07/2021 16h02

Os financiamentos imobiliários que usam recursos da cadernetas do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) baterem recorde e chegaram a R$ 97,05 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). O montante é o maior desde 1994, ano de início da série histórica, e 123,9% maior do que o registrado no ano passado.

Foram financiados 417,95 mil imóveis no período, frente a 160,7 milhões de imóveis de 2020 (+160,1%).  O setor também registrou outro recorde: em junho, foram movimentados R$ 19,66 bilhões para financiar 86,2 mil imóveis.

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Os consumidores estão pagando em dia? A taxa de inadimplência ficou em 1,8% no primeiro semestre. “Até o momento, o dado de inadimplência não se configura uma preocupação para o momento que estamos”, afirma Cristiane Portella, presidente da Abecip.

E os distratos? Aumentaram 18% de janeiro a abril deste ano – passaram de 4.883 no ano passado para 5.751. Apesar do aumento, Portella diz que os dados ainda não são preocupantes.

“Se estivermos com a perspectiva toda positiva, poderíamos dizer que os distratos e a inadimplência vão diminuir. Mas como estamos cheios de “se”, entendemos que podemos que pode ter um leve aumento, mas não o suficiente para interromper o momento legal que estamos passando”, afirma Portella.

Qual a expectativa do setor? Ao final do ano, a Abecip espera atingir a marca de R$ 195 bilhões em financiamentos – 57% maior do que o resultado de 2020 (R$ 124 bilhões), que já era um recorde.

Crédito com garantia em imóveis

O crédito com garantia em imóveis cresceu 47% de janeiro a maio deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, movimentando R$ 1,873 bilhão.

O prazo médio das operações é de 5,4 anos. Hoje, são 95 mil contratos em carteira, que equivalem a R$ 11,9 bilhões.

“Temos um desafio adicional que o mercado pegue tração, que é um fator cultural e de conhecimento. Poucas pessoas sabem que um imóvel quitado pode ser uma fonte de crédito no menor custo possível, além de que muitas pessoas têm uma aversão de colocar o imóvel em risco. Temos um enorme caminho para ampliar esse mercado, dobrar essa produção seria algo muito simples, desde que se tenha foco e se trabalhe muito a comunicação com o consumidor”, diz Portella.

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