O coronel da reserva Marcelo Blanco disse à CPI da Covid, nesta quarta-feira (4), que só negociou a compra de vacinas da AstraZeneca com o policial militar Luiz Dominguetti para o mercado particular.
Segundo ele, as conversas com o representante da Davati no Brasil só ocorreram em fevereiro, um mês depois de ter deixado o cargo de assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde.
O relator da CPI Renan Calheiros (MDB-AL) rebateu o depoente e disse que a negociação de imunizantes para o mercado particular “era uma atividade absolutamente irregular”.
Blanco foi citado em diversas oitivas anteriores à CPI. Ele entrou na mira da Comissão após ter participado de um jantar, no qual teria havido um pedido de propina de US$ 1 em troca da aquisição da vacina AstraZeneca contra a Covid-19. Ele era subordinado no Ministério da Saúde a Roberto Ferreira Dias, suposto autor do pedido de propina.
Em depoimento à CPI em 1º de julho, o policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresentava como representante da Davati Medical Supply, reafirmou que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose do ex-diretor Dias em troca de assinar contrato de venda de vacinas AstraZeneca com o Ministério.
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