Pesquisadores da Unicamp e da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) levantaram os dados coletados pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e mostraram que mulheres negras são maioria nas universidades públicas brasileiras.
Atualmente, 27% dos estudantes dessas universidades são mulheres negras. Há 20 anos, este número era de 19%, enquanto as mulheres brancas ocupavam 38% das vagas.
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Ao Jornal da Tarde desta terça-feira (10), a professora visitante da FLACSO-Brasil Ana Luíza Matos de Oliveira caracterizou a porcentagem como um grande avanço para a população brasileira, visto que as mulheres negras enfrentam dois tipos de discriminação: racismo e machismo.
Os pesquisadores afirmam que o resultado positivo é fruto das políticas públicas de acesso ao ensino superior voltadas para minorias, como as cotas. Enquanto 50% das vagas são ocupadas por homens e mulheres brancas (25% para cada), homens negros estão em último lugar com 23% das vagas.
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Para Dennis de Oliveira, professor da USP e ativista do movimento negro, é necessário garantir o acesso ao ensino superior destes grupos e, ao mesmo tempo, adotar políticas de acolhimento e permanência para os mesmos.
Veja a reportagem completa do Jornal da Tarde:
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