De acordo com reportagem do El País, nesta quinta-feira (6), o primeiro-ministro Imran Khan veio a público apenas um mês após a queda de Cabul para cobrar os Estados Unidos pelos esforços realizados nas últimas duas décadas.
O Paquistão, é um dos estados que historicamente tem dado mais cobertura ao Talibã, e está acelerando um movimento regional para apoiar o novo governo de Cabul.
Foi no Paquistão onde as forças armadas americanas capturaram o líder da Al Qaeda Osama Bin Laden, em 2011.
O ministro ainda disse que nunca teria embarcado na guerra criada pelos Estados Unidos. “Esperamos e oramos pela paz depois de 40 anos [no Afeganistão]”, afirma.
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Ele também acredita que é uma "falácia" tentar governar o país do exterior e pede apoio internacional para que o Taleban seja reconhecido como um governo e possa enfrentar a crise humanitária. “Nenhum governo fantoche no Afeganistão tem o apoio do povo", disse Imran Khan em comunicado na quarta-feira (15).
O país hospeda a maioria dos refugiados vindos do Afeganistão, e por isso Kahn garantiu que a capital Islamabad não pode abrigar mais refugiados. Muitos estão em diferentes partes do país e temem que sejam localizados pelas autoridades do Paquistão e devolvidos ao outro lado.
De acordo com o ACNUR, que é a agência da ONU para refugiados, oficialmente há 1,4 milhão de refugiados afegãos no Paquistão e muitos já são de segunda e terceira geração. O primeiro-ministro elevou esse número para três milhões, incluindo os que residem sem documentação.
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