O Hospital de Amor de Barretos, em São Paulo, referência em tratamento de câncer, estima que, devido a suspensão da produção de insumos feita pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), cerca de 300 pacientes sejam afetados por semana.
De acordo com o coordenador do departamento de Medicina Nuclear, Dr. Wilson Furlan Alves, o material radioativo é usado para exames e procedimentos médicos do setor. “Isso, obviamente, vai implicar na condução do tratamento desses pacientes”, afirmou em nota à TV Cultura.
O Ipen fornece o tecnécio, material utilizado nas cintilografias, um dos principais componentes adquiridos pelo hospital. Além desse, outros materiais radioativos também podem faltar.
No último dia 14 de setembro, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) havia declarado a paralisação no fornecimento de radiofármacos e radioisótopos por falta de verba. Nesta quarta-feira (22), o MCTI publicou, em nota, a edição extra do Diário Oficial da União liberando R$ 19 milhões para atividade de produção e suprimento dos insumos.
Ademais, o Ministério afirma que está previsto para votação R$ 34 milhões em recursos ao Ipen. “A aprovação de um novo projeto de lei, da ordem de R$ 55 milhões, será necessária posteriormente para recompor o orçamento do Instituto até o fim do ano”, concluiu a publicação no site.
No ano passado, o instituto recebeu R$ 165 milhões para as atividades. Neste ano, o valor foi de pouco mais de R$ 91 milhões até agosto. O Ipen é responsável por, aproximadamente, 85% de toda a produção nacional de medicamentos feitos com material radioativo utilizados no tratamento de pessoas com câncer.
Veja a reportagem completa do Jornal da Tarde:
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