A ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, 37, que acusou a empresa de priorizar lucro em detrimento da segurança, irá testemunhar para os senadores americanos nesta terça-feira (5).
A divulgação anônima havia sido feita pela organização sem fins lucrativos, Whistleblower Aid, criada para denunciar potenciais infrações à lei. No domingo (3), Haugen revelou sua identidade e deu uma entrevista no programa de TV “60 Minutes”.
Além disso, ela entregou documentos internos que comprovavam suas preocupações ao Wall Street Journal, que começou a publicação no mês passado. As declarações confirmavam que o Facebook tinha consciência do agravamento dos distúrbios de imagem corporal causados pelo Instagram entre adolescentes e que utilizavam um sistema de justiça de duas camadas.
“Os reguladores do Facebook podem ver alguns dos problemas - mas são mantidos cegos para o que está causando-os e, portanto, não pode criar soluções específicas. Eles não podem nem mesmo acessar os dados da própria empresa sobre a segurança do produto, muito menos realizar uma auditoria independente”, afirmou Frances em seu depoimento no Senado.
Frances também apresentou uma queixa à SEC (Securities and Exchange Commission), agência federal que regulamenta os mercados de valores mobiliários nos EUA, acusando a companhia de enganar investidores. Nesta terça-feira (5), Francis Haugen deve depor no Congresso sobre como o Facebook impacta jovens usuários.
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