Assim como no Senado Federal, alguns estados abriram uma CPI para apurar a forma como o poder Executivo conduziu a pandemia. No Rio Grande do Norte, um dos principais focos da investigação é a compra irregular de respiradores. Um dos investigados é Carlos Eduardo Gabas, ex-ministro da Previdência dos governos Lula e Dilma Rousseff.
Na última quinta-feira (14), a CPI quebrou o sigilo telefônico, telemático, bancário e fiscal de Gabas após pedido do deputado Kelps Lima (Solidariedade). De acordo com o parlamentar, essas informações serão fundamentais para aprofundar a investigação. A principal suspeita é que o negócio foi feito, mas os respiradores não foram entregues.
Em 2020, o Consórcio Nordeste comprou 300 respiradores por um valor de R$ 48 milhões da empresa Hempcare Farma. Em depoimento, Cristiana Pestes Taddeo, dona da empresa, disse que não entregou os respiradores devido a problemas que teve com um fabricante chinês.
Taddeo também afirmou que Gabas a telefonou no ano passado falando que precisava de 30 respiradores para a cidade de Araraquara, mas a prefeitura não tinha dinheiro para comprar. Para a empresária, “estava implícito um pedido” e ela se dispôs a fazer uma “doação”. O ex-ministro negou qualquer tipo de irregularidade.
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No início de outubro, Gabas foi a CPI prestar depoimento, mas permaneceu em silêncio devido um habeas corpus para não responder a perguntas que pudessem o incriminar.
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