O presidente dos Estados Unidos Joe Biden se encontrou com o Papa Francisco nesta sexta-feira (29). A reunião durou mais que uma hora e, ao final, membros da comitiva americana, como a primeira-dama Jill Biden, tiraram fotos, trocaram presentes e socializaram com o líder religioso.
A reunião com o Papa se mostrou mais demorada quando comparada com os demais presidentes americanos: em 2017, Trump se encontrou com ele por apenas 30 minutos, enquanto em 2014 Obama teve 50 minutos com o Papa Francisco.
O encontro com o Papa Francisco também reascendeu discussões, já que Biden garante o acesso ao aborto em sua gestão. A controvérsia gira em torno do presidente seguir a fé católica, que se diz contra à legalização da prática e "pró-vida".
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Biden tem sofrido pressão por parte dos católicos mais conservadores dos Estados Unidos, a ponto de alguns membros da Igreja local afirmaram que ele não deveria receber a comunhão. O presidente, no entanto, afirma que é pessoalmente contra o aborto, mas como líder de um Estado laico, ele não pode impor suas crenças.
O Papa Francisco é conhecido como um líder religioso "progressista". Por diversas vezes, deu declarações a respeito de temas polêmicos, como o casamento gay, dos quais se mostrou com uma postura moderada e até tolerante.
Sobre o aborto, ele de fato afirmou que a prática configura "assassinato", mas reiterou que muitos membros do clero tratam o assunto de forma política e não pastoral. Ainda, ele acredita que o aborto não possa sobrepor outras temáticas importantes, como a pobreza.
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