A farmacêutica Sinovac, parceira do Instituto Butantan, divulgou os resultados preliminares dos ensaios clínicos de fase 3 da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos. Foi comprovada a segurança do imunizante para jovens dessa faixa-etária.
Desde outubro de 2021, 2.140 jovens de seis meses a 17 anos da África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas participaram do estudo, que é multicêntrico (conduzidos simultaneamente em mais de um centro de pesquisa), randomizado (integrantes do experimento são escolhidos de forma aleatória), duplo-cego (quando nem voluntários nem pesquisadores sabem que substância foi utilizada) e controlado por placebo (quando um grupo recebe a vacina e outro placebo).
Os primeiros resultados obtidos na pesquisa mostraram que a vacina tem um bom perfil de segurança entre os participantes saudáveis entre 3 a 17 anos. A Sinovac também faz estudos em bebês, mas ainda não tem resultados.
Os resultados ainda revelaram que a incidência de efeitos adversos após a segunda dose da vacina foi muito menor em comparação com primeira dose. Os efeitos colaterais observados foram dor no local da injeção, dor de cabeça e febre. Não ocorreram efeitos adversos graves suspeitos e inesperados.
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"O estudo fornecerá uma base científica mais sólida para que os países realizem com segurança a imunização de suas crianças e adolescentes contra o SARS-CoV-2", comunicou o Butantan em nota.
Vale lembrar que China, Chile, Equador, El Salvador, Colômbia, Camboja e Indonésia já aprovaram o uso de CoronaVac para crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos. No Brasil, jovens entre 12 e 17 anos só podem tomar a Pfizer. Pessoas abaixo dos 12 anos não podem se vacinar ainda.
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