Uma pesquisa da Rede de Observatórios da Segurança divulgada nesta terça-feira (14) aponta que 86% dos mortos pela polícia no estado do Rio de Janeiro são negros. Ao todo, foram registradas 1.245 mortes no ano passado, 31% a menos que o número contabilizado em 2019.
Apesar da redução, este é o terceiro maior número da história do boletim, o que mantém o Rio como o “estado que mais produz mortes em ações e intervenções das polícias“.
A capital fluminense foi a que mais registrou mortes (415) e, assim como no estado, a maior parte das vítimas era negra (90%).
Intitulado 'Pele alvo: a cor da violência policial', o boletim cita o caso do menino João Pedro Mattos Pinto, 14 anos, morto em uma operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em maio de 2020. Fala também da operação Exceptis, da Polícia Civil do Rio, na favela do Jacarezinho, que culminou em 28 mortos em maio, e a morte da designer de interiores Katleen Romeu, no Complexo do Lins, em junho deste ano.
Embora os dois últimos tenham ocorrido em 2021, são episódios que retratam a violência no estado, segundo a pesquisa.
O estudo desenvolvido pela Rede de Observatórios da Segurança avaliou dados de sete estados brasileiros: Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão.
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