Durante um discurso nesta quinta-feira (17) em prol da representatividade feminina e fim do ódio nas eleições, o ministro Luís Roberto Barroso condecorou o trabalho da delegada da Polícia Federal, Denisse Dias Rosas Ribeiro.
A delegada encontrou indícios de crime contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em inquérito sobre suposta invasão hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Após dois anos na presidência do TSE, Barroso falou sobre as tentativas de tumulto no processo eleitoral e investigações de fake news na Justiça Eleitoral.
“Uma delegada corajosa e inteligente”, afirmou Barroso sobre Denisse.
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Bolsonaro, junto com o deputado Filipe Barros (PSL-PR), revelaram conteúdo de inquéritos policiais que deveriam estar em segredo. A delegada considerou ambos como funcionários públicos e declarou que não pode indiciar ambos, por conta do privilégio de foro que ambos possuem.
O ministro também afirmou que o Brasil vive um período triste, e que a delegada havia escrito em seu relatório que a “identificação da atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado “gabinete do ódio”.
Ao se despedir, Roberto Barroso afirmou que “este é o Brasil de hoje, na descrição não de um líder de oposição, mas da Polícia Federal, em relatório elaborado por delegada corajosa e independente. Vivemos um momento triste em que se misturam o ódio, a mentira, as teorias conspiratórias, o anti-cientificismo, as limitações cognitivas e a baixa civilidade”.
O ministro está se despedindo da presidência do TSE. O novo ministro, Edson Fachin, toma posse em 22 de fevereiro.
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