Um encontro que pode ajudar a esclarecer muitos fatos e combater algumas injustiças. A mexicana Paola Schietekat Sedas se encontrou com Marcelo Ebrard, ministro de Relações Exteriores do México, na última sexta-feira (18). Ela foi condenada a 7 anos de prisão e 100 chibatadas no Catar por estar em um caso extraconjugal após ir a delegacia denunciar as violências do parceiro. De acordo com Sedas, o encontro foi classificado como “o fim do longo pesadelo”.

“O que foi alcançado hoje é importante não só para a resolução do meu caso, mas também para o fortalecimento da la@SRE_mx e de todas as nossas instituições. Empurrar quando a pressão é necessária é fundamental para o funcionamento da democracia”, escreveu em suas redes sociais.

Em junho de 2021, Paola escreveu um artigo contando como foi abusada quando trabalhava no Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2022, que acontece em novembro deste ano no Catar. Segundo o depoimento, os abusos começaram após conhecer um homem colombiano no país. Após um período de relacionamento, ele invadiu o apartamento dela e a violentou.

“Depois de uma breve luta, como a força dele superou a minha, acabei no chão. Horas depois, hematomas apareceram por todo o meu braço esquerdo, ombro e costas. Mantive a cabeça fria: contei para minha mãe, uma colega de trabalho e documentei tudo com fotos, para que minha memória, na tentativa de me proteger, não minimizasse os acontecimentos ou apagasse completamente parte deles", revelou.

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Diante dos acontecimentos, ela fez uma denúncia contra o homem. Porém, no momento que foi confrontar o agressor na delegacia, o homem alegou que eles estavam namorando e tinha autorização para entrar no apartamento.

Após ouvir todos os depoimentos, a Justiça do Catar acusou Paola de estar em um relacionamento extraconjugal, que é considerado crime no país asiático.

Ebrard garantiu que os melhores advogados vão se encarregar do caso e garantir que todos os direitos de Paola sejam respeitados.

“A Consultora Jurídica da SRE, nossa melhor advogada, se encarregará de defendê-la e garantir que todos os seus direitos como cidadã mexicana sejam respeitados. Reconheci sua coragem e determinação”, escreveu o ministro.