O Telegram — que chegou a ser suspenso na última sexta-feira (18) a mando do ministro STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes — participou de uma reunião com o órgão ontem. O aplicativo de mensagens concordou em aderir ao programa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de combate a desinformação durante as eleições deste ano, e em adesão assinaram a campanha.
O Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação busca combater os conteúdos falsos relacionados à Justiça Eleitoral, ao sistema eletrônico de votação, ao processo eleitoral e àqueles nele envolvidos. O documento de quase 80 páginas traça um plano estratégico de ações para o pleito deste ano.
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O plano envolve ações como disseminação de informações de qualidade, educação midiática e identificação para contenção das desinformações.
O termo de adesão não implica compromissos financeiros ou transferências de recursos entre o Telegram e o Tribunal Superior Eleitoral. Assim, cada uma das instituições deverá bancar os custos necessários às respectivas participações no Programa.
Na reunião de ontem, o advogado Alan Campos Elias Thomaz respondeu em nome do aplicativo durante o evento. A presença de um representante do mensageiro no Brasil era uma das exigências do Supremo para definir a situação da plataforma, e não excluir definitivamente no país.
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Durante o encontro, o TSE apontou a importância da liberdade de expressão e enfatizou o quanto as informações falsas prejudicavam as noções desse direito. Já Alan Thomaz garantiu que a plataforma estaria empenhada no combate às mentiras e desinformações, e que todas as propostas do Tribunal seriam encaminhadas aos executivos.
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