O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou na última quinta-feira (31) o decreto que altera a forma de pagamento pelo fornecimento de gás russo a países considerados hostis pelo Kremlin, que agora precisarão fazer depósitos em rublos para terem acesso ao produto.
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De acordo com a imprensa russa, Putin acusou o Ocidente de tentar "minar" o desenvolvimento da Federação Russa e afirmou que o que chama de "guerra econômica" já está sendo planejada "há muito tempo".
O decreto, porém, deixa uma brecha para pagamentos em outras moedas, um dia depois de o próprio Kremlin sugerir que seria flexível em relação ao tema. Países da União Europeia (UE), que dependem de 40% do gás russo para seu consumo, disseram que continuarão a fazer o pagamento nas moedas previstas nos atuais contratos, como euro e dólar.
No novo texto, Putin afirma que governos "que cometam ações hostis" contra a Rússia e as empresas neles instaladas que desejarem ter acesso ao gás russo precisarão abrir uma conta em rublos e em moeda estrangeira no Gazprombank, instituição que foi incluída em pacotes de sanções anunciados nas últimas semanas por Reino Unido e Austrália, mas não pela UE. O decreto assinala que os depósitos para encomendas ainda não pagas deverão ser feitos em rublos já a partir do dia primeiro de abril, na próxima sexta.
“Se tais pagamentos não forem feitos, consideraremos isso como um calote por parte dos compradores, o que trará consequências. Ninguém vende nada de graça, e não faremos caridade também. Se for assim, tais contratos serão suspensos”, afirmou Putin.
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