Deputados federais acionaram o Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo Bolsonaro (PL/SP) nesta segunda-feira (4) após debochar da tortura sofrida pelo jornalista Míriam Leitão na ditadura militar. O pedido foi feito por parlamentares do PSOL, PCdoB e PT.
Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, afirmou que pedirá a cassação de Bolsonaro. "Não é possível ficar inerte diante da agressão de Eduardo Bolsonaro à jornalista Míriam Leitão”, explicou.
Não é possível ficar inerte diante da agressão de Eduardo Bolsonaro à jornalista @miriamleitao. Apologia à tortura é crime! Vou pedir, junto com a bancada do @psolnacamara, a cassação do filho de Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Chega de impunidade!
— Juliano Medeiros (@julianopsol) April 4, 2022
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Nas redes sociais, outros políticos se manifestaram sobre os ataques do deputado contra a jornalista. A deputada Sâmia Bomfim (PSOL) afirmou que Eduardo e o pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), devem responder pelos seus atos.
Miriam Leitão estava grávida quando usaram uma Cobra numa sala escura para torturá-la. Um homem que faz piada com essa situação é desumano, repugnante. Acionamos o Conselho de ética. O deputado @BolsonaroSP, assim como seu pai, precisa responder pelos seus atos.
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) April 4, 2022
Entenda o caso
No último domingo (3), Eduardo Bolsonaro respondeu uma publicação de Mirim nas redes sociais, onde ela diz que o atual presidente é inimigo da democracia, dizendo que tinha pena da cobra.
Míriam foi presa durante a ditadura militar no Brasil e torturada com tapas, chutes e golpes. Ela também teve de ficar nua em frente a 10 soldados e três agentes de repressão e passar horas trancada em uma sala com uma jiboia —a cobra citada por Eduardo Bolsonaro.
Outros jornalistas, como Guga Chacra, Natuza Nery, Gerson Camarotti e Giuliana Morrone, repudiaram o deboche.
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