"É preciso definir normas e nomear uma agência reguladora", diz economista sobre o combate à desinformação

Economista Minouche Shafik é a entrevistada do Roda Viva desta segunda-feira (4).

Aos 36 anos, foi a mais jovem vice-presidente do Banco Mundial. Graduada em Economia pela Universidade de Massachusetts, com mestrado na London School Of Economics e doutorado em Oxford, também ocupou cargos de direção no Fundo Monetário Internacional, no Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido e no Banco da Inglaterra.

A jornalista e apresentadora Vera Magalhães perguntou à Minouche Shafik sobre o papel que a rede digital desempenha nas relações sociais, e como a fake news e os discursos de ódio impactam a sociedade. A jornalista ainda questiona o que pode ser feito para evitar a propagação de desinformação.

“Precisamos aceitar o fato de que os meios digitais são como editoras. Uma maneira de acertar o equilíbrio entre a liberdade de expressão e o regulamentação contra fake news e também contra os delitos digitais, como pornografia infantil e outras coisas que existem online, é fazer a imprensa e a mídia definirem normas comuns do que é aceitável e nomear uma agência reguladora para aplicá-las", explica. 

Assista ao trecho completo:

A autora do livro 'Cuidar Uns Dos Outros: Um Novo Contrato Social’ falou ainda sobre o papel das agências. A economista acredita que, no momento, é necessário que sejam agências nacionais, ou seja, cada país tem uma. Mas para evitar crimes cibernéticos e outros problemas online, é preciso uma cooperação internacional.

Assista ao programa na íntegra: