O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, esteve em audiência na Comissão de Educação do Senado, nesta quinta-feira (7), e negou qualquer envolvimento de colaboradores do fundo em corrupção na liberação de recursos para municípios a pedido dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
“Milton Ribeiro tem a minha mais elevada estima. Acredito na conduta dele. Acredito que terceiros usaram o nome dele, e o meu, eventualmente, para se gabaritar ou fazer lobby sem a nossa autorização”, alegou Ponte aos senadores. As informações são da Agência Senado.
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O presidente do FNDE foi convidado pela comissão devido a denúncias de que os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura pediram propina a prefeitos em troca da liberação de recursos do fundo. O caso acarretou a demissão do ministro Milton Ribeiro do Ministério da Educação, no final de março. Além disso, nesta semana o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu um pregão para a compra de ônibus escolares, com recursos do FNDE, por suspeitas de sobrepreço.
Respondendo ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Ponte limitou-se a dizer que conheceu os pastores "em agendas no Ministério da Educação", e que nessas reuniões "eles faziam alguma fala, uma oração, nada mais além disso que eu tenha percebido". Ele negou ter agendado qualquer encontro com prefeitos a pedido dos pastores e disse ter prestado esclarecimentos à Controladoria-Geral da União no processo que apura as denúncias.
O presidente do FNDE anunciou ainda a suspensão preventiva dos repasses do fundo aos municípios citados nas denúncias de corrupção, cujos prefeitos foram convidados para depor na CE na última terça-feira (5).
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