O Linhas Cruzadas desta semana falou sobre relativismo. A edição debateu, entre outros tópicos, o relativismo cultural, que diz que todas as culturas devem ser respeitadas nas suas particularidades, como pontuou a apresentadora Thaís Oyama.

Thaís questionou Pondé se isso abre brechas para culturas extremistas, como a mutilação genital infantil, concentrada em países africanos e do Oriente Médio.

O filósofo enxerga a prática como algo negativo.

“Por isso eu falei que o relativismo é um problema filosófico, não é uma solução simples. A gente percebe que existem hábitos culturais distintos sobre alimentação e as religiões, o exemplo de crenças mais distintas, mas isso era mais fácil quando esses povos não se encontravam, cada um vivia do seu jeito”, disse Pondé.

Respondendo a pergunta da apresentadora, ele acredita que o relativismo cultural implica sim nessas brechas.

“Diante de uma situação como essa que você descreveu, você teria que marchar para um tipo de intervenção, que significaria uma intervenção no país junto aos grupos religiosos. Teria que mandar pessoas para reeducar esses grupos. Apareceriam pessoas dizendo que elas estão acostumadas com isso. Então, lido na sua chave mais dura, implicaria em você ampliar essa condição de relatividade para sacrifícios humanos”, afirmou o filósofo.

Thaís e Pondé também debateram o relativismo da pobreza para o turismo, como em Hutong, na China, e a Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Confira o que eles pensam no trecho completo a seguir: 

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Assista ao programa na íntegra:

Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.