Após um mês e meio de guerra, a Rússia exigiu a rendição dos soldados ucranianos que lutam na cidade de Mariupol. O governo russo se comprometeu a poupar as vidas daqueles que abaixarem as armas.
O Ministério de Defesa da Rússia alega que as tropas russas ocuparam toda a área urbana de Mariupol, restando apenas um grupo de combatentes ucranianos numa siderúrgica. Porém, a declaração de Moscou não pode ser checada de maneira independente.
No entanto, o premiê ucraniano Denys Shmygal disse que as forças armadas do país lutarão “até o fim”. "Nossas forças militares, nossos soldados ainda estão lá. Eles vão lutar até o fim", disse o premiê em entrevista transmitida pela emissora americana ABC neste domingo (17).
Além disso, Shmygal fez questão de ressaltar que as principais cidades do país não estão sob o controle russo e país resiste ao conflito até este momento. "Nenhuma grande cidade caiu. Apenas a cidade de Kherson está sob o controle das forças russas, mas todas as outras cidades estão sob o controle da Ucrânia", explicou.
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Mariupol é uma das zonas de combate mais pesados do conflito no leste europeu. Grupos internacionais já afirmam que a cidade é palco da pior catástrofe humanitária da guerra.
Vale ressaltar que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que uma possível tomada da cidade por parte dos russos faria ele encerrar as negociações de paz.
Localizado próximo no mar de Azov, Mariupol é um dos principais objetivos dos russos na guerra. A conquista faria o país obter controle total da região de Donbass e formar um corredor terrestre, no leste da Ucrânia, a partir da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
Ataques contra Kiev
Nesta manhã deste domingo (17), mísseis atingiram uma fábrica de munições em Brovary, cidade que fica a apenas 25 quilômetros do centro da capital ucraniana.
De acordo com o prefeito da cidade, Igor Sapozhko, a fábrica foi atingida por mísseis de longo alcance durante esta madrugada. Ainda não há informações de vítimas ou feridos.
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Em Moscou, o Ministério da Defesa russo confirmou o ataque. "Mísseis ar-terra de longo alcance e alta precisão destruíram os edifícios de uma fábrica que produz armamentos em Kiev", afirmou o ministério em um comunicado feito pelo Telegram.
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