O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília decidiu abrir um inquérito civil nesta segunda-feira (25) para apurar a decisão do Ministério da Justiça que mudou a classificação etária do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, do comediante Danilo Gentili.

Em março deste ano, o MPF mudou a classificação após apoiadores do presidente Jair Bolsonaro criticarem uma cena em que crianças sofrem assédio sexual de um adulto.

Desde que esse assunto veio a tona, os produtores negam apologia à pedofilia e destacam que a cena tinha como protagonista um vilão, claramente caracterizado assim, numa obra de ficção.

O Ministério da Justiça mudou de 14 para 18 anos a classificação etária do filme e censurou a exibição da peça nas plataformas de streaming. A Justiça Federal no Rio de Janeiro suspendeu a medida relativa às plataformas de streaming.

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Com a abertura de inquérito, os procuradores vão investigar se houve irregularidade da modificação feita pelo ministério e se, por exemplo, os trâmites internos da pasta para esse tipo de procedimento foram seguidos.

Se a investigação concluir que houve irregularidades, os envolvidos poderão responder por improbidade administrativa.