Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ideia mostrou que 30% dos eleitores convocados para trabalhar como mesários nas eleições deste ano temem sofrer algum tipo de ataque. Além disso, outros 70% acreditam que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria adotar novas medidas de segurança.
Dos que se preocupam com ataques, 58% temem ameaças, 55% esperam ataques físicos, 52%, confrontações verbais, 47%, hostilidade e 36%, ataques com armas.
"A eleição costuma refletir o sentimento da campanha. Campanhas tensas se traduzem em processos eleitorais tensos. Se o período eleitoral elevar muito o calor da disputa, esse temor pode aumentar", diz Maurício Moura, fundador do Instituto IDEIA e professor da Universidade George Washington.
Os mesários acreditam que o TSE deveria providenciar mais policiamento ou seguranças particulares nos colégios eleitorais.
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O Instituto Ideia ouviu 651 mesários, que foram entrevistados entre 28 de abril e 5 de maio. A margem de erro da pesquisa é de 2,85 pontos percentuais, para mais ou para menos. Para entrevistar, o Instituto usou uma amostra nacional e fez, em média, 25 ligações para encontrar cada mesário.
A pesquisa também fez questionamentos sobre a experiência dos mesários nas eleições passadas. A preocupação vem dos 22% que alegaram problemas em 2020. Dos que tiveram, 34% citaram confrontações verbais (xingamentos, acusações), 32%, hostilidade, 22%, ameaças, 21%, exposição de dados pessoais e 19%, ataques físicos.
O ministro Edson Fachin, atual presidente do TSE, já se reuniu com os ministros da Defesa e da Justiça, e também com o diretor da Polícia Federal para ressaltar a necessidade de segurança durante as eleições.
Além disso, no treinamento deste ano para mesários, serão enfatizadas técnicas para enfrentamento da desinformação e resolução de conflitos.
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