O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrou nesta quarta-feira (1) com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o reajuste de 15,5% nos planos de saúde. O valor foi determinado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
“Até quando os brasileiros terão de aguentar o peso majoradíssimo dessa inflação específica da saúde? Num cenário em que a renda média da população está diminuindo, daqui a pouco, todos os brasileiros precisarão trabalhar só para pagar planos de saúde, ou, mais provavelmente, abandonarão a proteção privada à saúde, sobrecarregando ainda mais o, infelizmente, já cambaleante SUS”, escreveu o senador.
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Na última quinta-feira (26), a agência anunciou o reajuste. O percentual é válido para o período entre maio de 2022 e abril de 2023. Segundo os dados da histórica da ANS, esse é o maior aumento nos planos familiares e individuais da série histórica, que foi iniciada em 2000.
“Diante dessa abusiva decisão e do cenário desenhado, é necessário que se perquiram ações para proteger a saúde de toda a população brasileira, que precisa ter pleno acesso aos mais basilares procedimentos médicos via planos de saúde em uma situação de tão grave crise quanto essa do coronavírus, na medida em que é um verdadeiro direito difuso de todos os cidadãos pode ser afetado pela aparente insensibilidade administrativa com a gravidade do momento: cogita-se aumentar o preço dos planos de saúde em uma época de diminuição de salários, de inflação nas alturas e de possibilidades de desemprego em massa”, completou.
Na última terça (31), a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou um pedido de autoria de Randolfe para que audiência com o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello. seja realizada no Senado, para que o reajuste possa ser esclarecido. No entanto, ainda não há data para que ele seja ouvido.
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