Homem suspeito do desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira diz que foi torturado após prisão
Em seu depoimento, Amarildo da Costa de Oliveira afirma ter sido agredido e sufocado por policiais militares; ação está sendo investigada
11/06/2022 15h54
Após ser preso por ser suspeito no desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, o pescador Amarildo da Costa de Oliveira, também conhecido como “Pelado”, afirmou ter sido torturado por policiais após ser detido na última terça-feira (7).
Oliveira foi preso temporariamente a pedido da Polícia Civil do Amazonas, que está investigando o caso desde o início desta semana.
A denúncia consta na ata da audiência na qual a juíza titular da cidade, Jacinta Silva dos Santos, decretou a prisão temporária de Amarildo. Ele alegou que os agentes públicos o agrediram e usaram uma sacola para sufocá-lo.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas se pronunciou sobre a denuncia e afirmou que o caso está sendo apurado. Além disso, o órgão ressaltou que "todas as ações do sistema de segurança do Amazonas são pautadas pela legalidade" e que não compactua com desvios de conduta.
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A Defensoria Pública do Estado informou que requereu a apuração da conduta policial ao governo do estado e à Promotoria Especializada no Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público do Amazonas.
A Polícia Federal disse na última quinta-feira (9) que encontrou "vestígios de sangue" na lancha do suspeito. O homem de 41 anos tem um histórico de ameaças à comunidade indígena.
O indigenista brasileiro, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o jornalista inglês, do jornal “The Guardian”, desapareceram na Amazônia. Na ocasião, eles faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.
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