O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta sexta-feira (15) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado pediu para que o chefe do Executivo federal se manifeste sobre suposta manifestação de discursos de ódio.
Moraes, presidente em exercício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu dois dias para o presidente se pronunciar. O magistrado atendeu a um pedido que foi protocolado pelos partidos Rede, PC do B, PSB, PV, PSOL e Solidariedade. As siglas argumentam que as declarações do presidente estimulam a desumanização do opositor.
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“Falta de consideração [do Alexandre de Moraes]. Parece que faz para mostrar: ‘Olha, eu sou togado aqui, você vai me respeitar e fazer o que eu quero, senão minha caneta está aqui’. Essas questões aí levam ao conflito entre Poderes. Daqui a pouco vão falar que eu estou atacando o Supremo Tribunal Federal. Isso aqui é um ataque. Isso aqui é um, se me permitem, é uma covardia. Uma covardia”, disse Bolsonaro.
O pedido das siglas acontece após o assassinato do petista Marcelo Arruda. Ele foi morto a tiros na madrugada do último domingo (10) durante a celebração do seu aniversário de 50 anos. A decoração fazia referências ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de efetuar os disparos, o atirador Jorge Guaranho gritou: “Aqui é Bolsonaro”.
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