Durante evento em Porto Alegre nesta sexta-feira (26), o ministro Paulo Guedes (Economia) minimizou a existência do Orçamento Secreto, nome dado às Emendas do Relator, e afirmou que representa menos de 1% de todo o orçamento da União. Além disso, ressaltou que a classe política “se deixa ofender” por conta das críticas.
“Fica essa pancadaria toda por causa do orçamento secreto. Ontem tinha um candidato falando [Lula no Jornal Nacional]: “o orçamento secreto, corrupção, corrupção…” O orçamento é de R$ 15 bilhões (correção: foi de R$ 16,5 bilhões em 2022) e foi criado pelo presidente da Câmara anterior para poder ser oposição ao governo e não ser atingido. A oposição é que criou o orçamento impositivo e a emenda de relator para nos atacar”, disse Guedes.
As emendas do relator estão presentes no orçamento da União desde 2020. Diferentes de outras emendas, o deputado pode destinar uma verba sem ter o nome identificado, tornando a prática menos transparente.
Nos últimos meses, isso acabou se tornando um instrumento de negociação política do governo Bolsonaro.
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Durante entrevista no Jornal Nacional, o candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva criticou a existência das emendas de relator e a chamou de “excrescência”.
“A classe política brasileira está se deixando ofender, chamando todo mundo de ladrão, por menos de 1%. Por falta de coragem política, de falar: “está desindexado, nós é que vamos fazer o orçamento todo ano”, finalizou Guedes.
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